A microsoft soltou uma bomba que alegrou a vida dos gamers no mundo todo durante a E3 2015: a retrocompatibilidade entre Xbox One e Xbox 360. Ou seja, jogadores na geração atual vão poder utilizar títulos do console mais antigo sem qualquer problema e sem gastar dinheiro. Por outro lado, uma grande parcela de pessoas coçou a cabeça e se perguntou: "E a Sony?". Bom, vamos tentar explicar porque PlayStation 4 provavelmente nunca vai ter esta função — e o que a companhia japonesa pode fazer quanto a isso.
Antes de entendermos melhor as razões, é necessário notar que a possibilidade de jogar games antigos em consoles atuais pode ser algo nada atraente para as empresas envolvidas. Por exemplo: quantos remakes vimos no XOne e no PS4 durante o começo desta geração? Agora, como seriam as vendas desses títulos se a retrocompatibilidade existisse? Quanto ao videogame da Sony, isso também poderia afetar negativamente o PlayStation Now, serviço de stream de jogos.
Entendendo a família Xbox
O X360 foi construído com uma arquitetura chamada PowerPC, que é bem diferente da presente no XOne, chamada x86-64. Contudo, as diferenças entre elas não são tão grandes a ponto de impedir completamente a emulação do hardware.
Para desenvolver o recurso, os engenheiros da Microsoft criaram um emulador de software baseado na PowerPC para ser utilizado na x86. Assim, quando um jogador inserir um disco antigo, na verdade, O Xbox One estará carregando um emulador. Isso faz com que o console pense que está lendo um game de Xbox One, enquanto o game acha que está rodando em um Xbox 360.
PlayStation 3 e arquitetura
Diferente dos consoles da Microsoft, o PlayStation 3 foi desenvolvido em uma arquitetura de alto nível baseada no processador Cell e na Synergistic Processing Unit (SPU). Por causa disso, todos os games da plataforma precisavam ter uma otimização própria para rodar — o que também gerou a diferença entre a disponibilidade de jogos indies pára o console e também resultou em games first party muito superiores em termos gráficos que os títulos third party para o console.
Então, a arquitetura do PS3 é tão única que a retrocompatibilidade (via emulação) é quase impossível. O PS4 não tem força suficiente para tornar a emulação possível por meio da "força bruta"; é necessário um hardware muito superior.
A resposta
O PlayStation 4 possui um processador de oito núcleos AMD x86-64 Jaguar. Mesmo sendo relativamente poderoso (até mesmo ligeiramente superior ao do XOne), ele não tem os músculos suficientes para carregar uma emulação e um bom desempenho ao mesmo tempo.
Basicamente, a resposta mais simples para a questão da retrocompatibilidade é essa. Então, podemos dizer que, nesta guerra, a Sony está alguns passos atrás — e que podem ser bem largos, como poderemos notar em pouco tempo.
Porém, nem tudo está perdido e a Sony pode recuperar parte da vantagem com o seu serviço de streaming de games: o PlayStation Now. Infelizmente, o preço dos games ainda é um pouco alto e o serviço não funciona no Brasil.
Ainda, o que prejudica ainda mais esse serviço da Sony, é o fato de que os jogadores precisam adquirir novamente os games, algo que não acontece na plataforma da Misrosoft. Dificilmente um jogador vai comprar duas vezes o mesmo game.
A solução
Se a Sony pretende bater de frente com a Microsoft no que se refere a retrocompatibilidade, ela precisa utilizar o PlayStation Now. Porém, a plataforma precisa ser completamente repaginada. Vamos elencar os pontos principais para a companhia japonesa se igualar ou até ultrapassar a concorrente.
Primeiro: como passo inicial, a Sony deveria abaixar os valores dos games de PS3 na plataforma. Isso atrairia mais jogadores.
Segundo: caso o jogador tenha um game digital de PS3, o PSNow reconhece automaticamente e libera a reprodução por stream do título no PS4.
Terceiro: caso o jogador tenha um jogo físico para PS3, o PS4 reconhece o disco e libera uma cópia via streaming no PSNow
Placa mãe do PS4 - via Wired
Infelizmente, esse é um cenário complicado, já que a Sony dificilmente abandonaria o lucro recebido sobre estes games. Mas, deveria. A questão aqui é o público alvo da PlayStation Now, que são pessoas que não possuem nem um PS3 e nem a intenção de comprar um — além de também não terem um coleção de jogos robusta.
Se o lucro for a lei, ainda há um caminho: atrelar o uso do Now apenas a contas PS Plus. Isso aumentaria consideravelmente o número de pessoas que pagam pelo serviço premium, além de também aumentar a fidelidade dos usuários.
Em uma última instância, caso a Sony realmente quisesse ter a retrocompatibilidade em seu console, a alternativa seria introduzir o hardware do PS3 fisicamente dentro do PS4, algo que encareceria o console e provavelmente não valesse a pena em termos de retorno pelo investimento.
Fonte: Baixaki Jogos
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