O presidente da Nintendo e um dos rostos mais queridos dos fãs da companhia, Satoru Iwata, morreu neste sábado (11) aos 55 anos. De acordo com um comunicado divulgado pela empresa somente na tarde deste domingo, o executivo foi vítima de complicações causadas por um um câncer no duto da bile — uma das formas mais agressivas da doença e de difícil recuperação — contra o qual ele lutava já há alguns meses.
Apesar de a notícia ter pego todo mundo de surpresa, o executivo estava nitidamente debilitado por problemas de saúde já há algum tempo. Tanto que quem acompanhava as transmissões periódicas do Nintendo Direct já havia percebido que suas participações haviam reduzido e que as poucas vezes em que ele aparecia era claro o quanto ele estava fraco. Na última E3, ele já não foi visto.
Ainda assim, o choque com o anúncio foi imenso e gerou comoção nas redes sociais. E as razões para isso são claras. À frente da Nintendo desde 2002, Iwata se tornou um dos ícones da empresa ao lado de Shigeru Miyamoto e Reggie Fils-Aime, sendo tão querido e icônico quanto o próprio Mario. Mesmo fraco por conta da doença, ele continuava exercendo sua função na companhia e era um dos principais defensores do Wii U e seu potencial — incluindo o próprio sucesso dos amiibos.
Em sua gestão, a Nintendo passou de uma época complicada com o fracasso do GameCube ao sucesso do Wii e do Nintendo DS. E boa parte dessa virada de mesa estava exatamente na forma como o executivo via a marca. Segundo ele, o sucesso da “Big N” era exatamente o apelo que ela tinha com a inovação e com as diferentes formas de jogar. Tanto que foi exatamente com a introdução de controles de movimento que ele fez com que um modesto Wii se transformasse em um fenômeno de vendas.
Ainda assim, ele tinha suas ressalvas em relação a alguns aspectos do mercado. Não foram poucas as vezes em que Iwata se mostrou contra a utilização das franquias da Nintendo em dispositivos móveis. Segundo ele, era exatamente a exclusividade de Mario, Zelda e Donkey Kong aos consoles que fazia com que seus lançamentos fossem tão especiais e, por isso, ele ainda acreditava piamente na redenção do Wii — mesmo com o anúncio do NX e a parceria com a DeNA para o lançamento de títulos para iOS e Android.
Com a sua morte, Shigeru Miyamoto e Genyo Takeda assumem a função executiva interinamente. Além disso, resta a dúvida de como será o futuro da companhia sem a presença de Iwata e sua determinação naquilo que acreditava ser o melhor para a Nintendo. Será que o próximo presidente vai seguir sua filosofia ou tentar trazer uma revolução para a empresa? Teremos de esperar para descobrirmos.
Enquanto isso, vamos sentir falta de suas apresentações do Nintendo Direct.
Fonte: Canaltech
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